Conheça as bases de apoio do CO2 Manguezal em Maragogipe e São Francisco do Conde

O projeto CO2 Manguezal cresceu e ampliou a sua atuação, incluindo outros municípios do Recôncavo Baiano em sua área de abrangência. Nesta nova etapa, intitulada Floresta Viva, o projeto estará presente em localidades de Maragogipe, São Francisco do Conde e Vera Cruz. Por isso, foi necessário erguer novas bases de trabalho e de apoio para desenvolvimento das atividades.

A primeira base é a sede histórica do projeto, que funciona desde 2013, no bairro da Comissão, em Maragogipe, e que foi completamente reformada. Além do viveiro para produção de mudas de espécies de mangue e mata ciliar, a unidade conta com salas multimídia, sala de exposições e auditório utilizados para as aulas e oficinas de educação ambiental. Na parte externa, existe uma área verde usada como espaço de convivência, e a Toca do Caranguejo, uma instalação com pinturas, esculturas e objetos que contam histórias sobre o manguezal de forma lúdica e criativa.

Já a segunda base de trabalho foi especialmente instalada para esta nova etapa do projeto, e fica no Centro de Educação Profissionalizante do Vale do Paraguaçu, no distrito de Capanema, zona rural de Maragogipe. Uma antiga casa que servia de hospedagem para professores foi cedida pela instituição e transformada em mais uma base do CO2 Manguezal, onde foi erguido um viveiro para produção de mudas de espécies de matas ciliares, como copaíba, jatobá, sibipiruna, cabreúva, dentre outras árvores nativas, além de contar com sala de reuniões, auditório e área de estudo.

O projeto CO2 Manguezal teve início há quase 10 anos com foco em educação ambiental e recomposição de áreas degradadas de manguezal, por isso, a Fundação Vovó do Mangue especializou-se na produção de mudas das três espécies de mangue típicas da região – o mangue vermelho, o mangue branco e o mangue preto. Agora, o projeto revitalizará também áreas de mata ciliar, ou seja, resquícios de Mata Atlântica localizados nos leitos de rios.

O coordenador do projeto, o agrônomo Bruno Barbosa, explica que a produção de mudas de árvores de mata ciliar é mais complexa a começar pela variedade de espécies. “De mangue são apenas três tipos, mas de mata são muito mais… temos 10 espécies mais comuns e fáceis de produzir, porém é muito relativo, pois fazemos coleta espontânea, então, tudo depende do que encontramos em cada saída ao campo para coleta de sementes”, comentou Bruno.

A terceira e última base de apoio para desenvolvimento dos trabalhos do CO2 Manguezal fica no município de São Francisco do Conde. Trata-se de uma estrutura que conta com escritório, uma sala de reunião e um alojamento para a equipe de profissionais que será deslocada de para o município, além de contar com dois grandes viveiros com a capacidade de produzir cerca de oitenta mil mudas de mangue por ano.

“São Francisco do Conde é, desta vez, o carro-chefe do projeto, porém pretendemos também atuar em outros municípios da Baía de Todos-os-Santos”, destacou o coordenador Bruno. Até 2027, serão restaurados 217 hectares de manguezais e matas ciliares, sendo 35 hectares de mata ciliar em Maragogipe e 182 hectares de manguezais em São Francisco do Conde.

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